17 de jan. de 2015

ENEM 2014 - SALDO DOS QUE "ZERARAM" NA REDAÇÃO: 529.373

 
              Fuga do tema e cópia de textos foram os erros mais comuns da redação. De acordo com especialistas, o tema mais amplo pode ter levado os estudantes a se perder na hora de montar as ideais para a dissertação do Exame Nacional do Ensino Médio do ano passado.
Agência Brasil- Redação Publicação:16/01/2015 10:50
De acordo com o Inep, quase 220 mil estudantes que fizeram a redação do Enem 2014 fugiram do tema proposta, que era publicidade infantil (USP Imagens/Divulgação)
De acordo com o Inep, quase 220 mil estudantes que fizeram a redação do Enem 2014 fugiram do tema proposta, que era publicidade infantil
Entre os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sobre a edição 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), chama a atenção o grande número de candidatos que tiraram a nota zero na prova de redação: 529.373. O total corresponde a 8,5% dos participantes do exame. Na outra ponta, apenas 250 estudantes obtiveram a nota máxima. Na edição de 2013, com menos inscritos (7.173.574 inscritos contra 8.721.946 em 2014), 481 tiveram nota mil e 106.742 redações com nota zero.

Mas o que leva os estudantes a irem tão mal na prova de redação? Segundo o Inep, as redações com nota zero deixaram de atender ou infrigiram os critérios de correção estabelecidos no edital.

De acordo com o professor de língua portuguesa Marcelo Freire, do Colégio JK de Brasília, o exame de 2014 trouxe um tema mais abrangente que do ano anterior, e, com isso, muitos candidatos podem ter se perdido na condução do tema. "Ao se depararem com um tema aberto, muitos alunos foram tratar ou só de publicidade ou só da questão infantil ou mesmo tangenciaram esse assunto, o que os levou à nota zero", afirmou. Em 2013, a prova abordou um assunto debatido quase que exaustivamente pela mídia: "os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil".

Quem concorda com isso é a professora de língua portuguesa Viviane Faria, do curso de Reciclagem de Língua Portuguesa, que acredita que os estudantes tenham dificuldade em usar elementos que conectem as ideias expressas no texto. "Vamos supor que um candidato que venha a escrever sobre esse tema ache que a publicidade infantil é muito agressiva. Esse seria um argumento do candidato que estaria se posicionando contra a publicidade infantil abusiva. Só que na redação inteira ele fica falando sobre a associação de super-herói a alimento. Pronto! Ele acaba de fugir do tema", exemplifica.

Um outro problema que a professora levanta é o não atendimento número mínimo de linhas (sete linhas) estipuladas para desenvolver o tema da redação. Segundo ela, a desclassificação das redações que não atendem esse requisito ocorre porque praticamente não há como cumprir com as características textuais do texto dissertativo-argumentativo em menos de 20 linhas.

PUBLICAÇÃO DO CORREIOWEB. DISPONÍVEL EM:
 
<http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/atualidades/2015/01/16/interna_atualidades,1988/fuga-do-tema-e-copia-de-textos-foram-os-erros-mais-comuns-da-redacao.shtml>

25 de set. de 2014

Alunos comentam Luciana Genro

https://www.youtube.com/watch?v=at4FpH9PKyI

Bacana essa publicação do CorreioWeb

Só se esqueceram também de mencionar a "importância" da seleção social, fato comum a todas as reportagens e matérias que abordam a escola particular. Interessante é que "coincidentemente", após todos os esforços feitos pelas seis escolas,  os resultados seguem na ordem do valor da mensalidade... No mais, excelente o trabalho da Leiliane Menezes, representando muito bem o Correio Braziliense.
 
 
 
 

A elite do ensino

Visitamos as escolas de Brasília que receberam maior pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio. O segredo delas? A maioria tem carga horária superior à exigida e aposta na qualificação dos professores.

Leilane Menezes- Colunista Publicação:23/09/2014 09:00Atualização:23/09/2014 14:29
 (Vinícius Santa Rosa/Encontro/DA Press)
Enquanto aguarda a transferência da ligação, quem espera escuta o tema da vitória, o mesmo executado quando Ayrton Senna vencia corridas na Fórmula 1. A conquista, nesse caso, é estar entre os melhores, porém em seleções para o ensino superior. Ao escolher a música, os donos da escola quiseram transmitir aos pais e alunos o compromisso de formar campeões. Em outro colégio, estudantes são chamados de estrategistas, pois devem criar táticas de solução de provas para largar na frente dos concorrentes. Há ainda escolas 24 horas, aulas com até três professores em sala e até viagens ao exterior fazem parte do projeto de formação.

Encontro Brasília visitou as primeiras colocadas no mais recente Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre os estabelecimentos particulares, para conhecer a receita de sucesso dessas instituições. Cada uma trabalha uma proposta pedagógica diferente, mas todas dividem o mesmo objetivo: capacitar para vestibulares nas universidades mais concorridas do país. Atualmente, o Enem é forma de ingresso em todas as 59 universidades federais. A Universidade de Brasília (UnB) usou as notas do exame como vestibular pela primeira vez em 2013.

Alunos de 159 escolas participaram da avaliação mais recente no Distrito Federal. O Olimpo, primeiro colocado, teve média de 679,55 pontos. Foi o único de Brasília a constar no ranking dos 30 melhores do país, na 27ª posição, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Galois ocupa o segundo lugar, com 654,86 pontos. A terceira melhor colocação é do Pódion, com 645,6589 pontos, seguido do Sigma (unidade da Asa Norte), com 645,5449, do Sigma (Asa Sul), com 641,7654 pontos, e Colégio Sagrado Coração de Maria, com média de 625,696.

Considerado a melhor escola do Brasil, de acordo com o desempenho no Enem, o Objetivo Colégio Integrado (SP) teve nota 740,81. A média é calculada de acordo com o rendimento nas provas objetivas, divididas em blocos de conhecimento: ciências da natureza, ciências humanas, matemática e linguagens. A previsão de especialistas é de que as notas das escolas brasilienses subam no próximo Enem, que passou a ser critério de acesso à UnB e deve ser levado ainda mais a sério.

 (Raimundo Sampaio/Encontro/DA Press)
No Olimpo, a metade da turma de 3ª série foi aprovada no mais recente vestibular da UnB. Cerca de 50 jovens puderam escolher entre terminar o ensino médio ou seguir para a próxima etapa. É comum ver adolescentes que ainda estão no primeiro ou segundo período do ensino médio, nessa escola, entre os primeiros colocados nas listas de convocados para universidades competitivas. No Olimpo, aprende-se todo o conteúdo dos três anos em apenas dois. O último é usado para revisão de conteúdo, com carga horária de 40 horas semanais. A matéria vista em sala de aula é reforçada no contraturno, com monitoria e oficinas de redação. O método de ensino tem se mostrado eficaz.

Antes de se matricular, o aluno é entrevistado e conhece a proposta do Olimpo. “É preciso disciplina e dedicação. Em geral, no ensino médio, quem escolhe onde estudar é o aluno, portanto, os que procuram o Olimpo têm esse propósito muito claro”, explica o diretor pedagógico em Brasília, Vinícius de Miranda. O colégio nasceu em Goiânia, como pré-vestibular, e desde 2008 funciona como preparatório no DF.

O ensino regular começou em 2009, na Asa Sul, e este ano mais uma unidade foi inaugurada, em Águas Claras. Todos os espaços do Olimpo são coletivos e ali se estimula a divisão do saber e o trabalho em equipe. A competição fica apenas para as olimpíadas de conhecimento. Estudante da 3ª série, Giberto Mitsuyoshi Yuki Junior, de 17 anos, é um dos destaques. Coleciona sucessos em vestibulares, entre eles o da USP e o de medicina na UnB, além de medalhas em competições científicas. “Preferi terminar o ensino médio, para participar de mais olimpíadas e melhorar meu currículo. Quero cursar engenharia química”, diz Giberto. O bom desempenho é consequência de um plano de estudos e metas diárias de aprendizado, tudo elaborado por ele, com auxílio do colégio.

João Felipe Mattos, de 17 anos, da 3ª série, também foi aprovado para medicina e abriu mão da vaga. “Não tinha maturidade para começar o curso. Preferi pensar e escolhi engenharia, por ser uma área que abre muitas possibilidades”, afirma João.

Movido pelo desejo de cursar engenharia mecatrônica, Osmar Luiz Ferreira, de 17 anos, escolheu estudar no Olimpo, em razão dos índices de aprovação. Ele lista fatores que compõem o bom ambiente de aprendizagem. “Os professores são muito bons, o colégio é conteudista, vemos a matéria várias vezes. Temos prova todo sábado, o que nos faz estudar toda semana. A convivência com colegas dedicados nos faz estudar ainda mais”, explica.

Além do trabalho do corpo docente, o perfil dos alunos matriculados pode ser um diferencial. “Os colegas se influenciam. O ambiente é focado nos estudos. Temos uma boa relação com os professores também, mas, se alguém faz barulho na sala, os colegas é que pedem silêncio”, relata Natasha Dalcomun, também aluna da 3ª série e futura candidata a uma vaga em direito.

“O grande diferencial do Olimpo é o foco no vestibular. Não tem gincana, nem passeio. A proposta é treinar para fazer prova de vestibular. O colégio é bom no que se propõe, que é fazer as pessoas passarem no vestibular”, completa Mateus Frota, aluno da 3ª série, que pretende cursar direito.

 (Raimundo Sampaio/Encontro/DA Press)

No Galois, as portas estão abertas 24 horas. Há maratonas de estudo durante a noite se for preciso. A escola oferece estrutura para que os alunos não a deixem. Há restaurante com cardápio elaborado por nutricionista, no qual refrigerantes e doces não são bem-vindos, bibliotecas, atendimento médico, dentário, psicológico e áreas de descanso. Atividades no turno contrário e simulados corrigidos com as regras do Enem, aplicados todo fim de semana, complementam a carga horária básica. “A disposição dos professores é um diferencial. Se paro um deles no corredor, a qualquer hora, eles explicam o conteúdo e orientam”, diz Flávia D’Angelo, de 18 anos, aluna da 3ª série. Ela pretende cursar psicologia e passa cerca de 12 horas diárias no Galois, onde estuda desde o ensino fundamental.

Esse treinamento faz com que o exame nacional não seja um desconhecido para os jovens do colégio. “Mostramos a eles não só o conteúdo que é cobrado, mas como é cobrado. Acima de tudo, é preciso saber fazer a prova. Pensar na estratégia, por onde começar, por exemplo”, explica o coordenador de vestibular e professor do Galois, Paulo Perez.

Valter Pedroso, de 17 anos, é um dos estrategistas. “Depois de conhecer o estilo da prova, é preciso calcular o tempo para cada conteúdo”, ensina. Às quartas-feiras, o dia mais intenso, Valter assiste a 14 aulas, do turno da manhã até a noite, sendo que as últimas focam no Enem. Ele ainda encontra tempo para praticar esportes e relaxar.

Estudantes podem agendar conversas individuais de até 60 minutos com orientadores para ter planos de estudo personalizados. “Simulados são o ponto alto, mas a monitoria ajuda muito também. Tudo isso, só faz quem quer, depende do esforço de cada um”, explica Gabriel Lins, de 17 anos. A UnB é o foco da maioria, porém, há aqueles que desejam estudar em outras universidades conceituadas, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Universidade de São Paulo (USP), que não usam o Enem como avaliação. Alunos de fora de Brasília vêm para a cidade especialmente para estudar no Galois, graças à fama de aprovação. “Sempre vamos mais fundo do que o normal, muito antes de o Enem valer como vestibular, nós já prevíamos essa tendência. Vamos além do conteúdo básico. Organizamos viagens ao exterior, para dar vivência aos alunos e aprofundamento no idioma estrangeiro, por exemplo”, ressalta Paulo Perez.

É preciso ser entrevistado pela direção do colégio antes de matricular-se no Pódion. A escola não rejeita alunos, mas aconselha os pais sobre a escolha. Ali, as aulas no contraturno são obrigatórias, somando 47 horas-aula semanais. A carga é 50% maior do que o exigido na maioria das escolas convencionais. “A intenção da entrevista é identificar, principalmente, disposição em estudar, gana e persistência. O aluno com inteligência acima da média é bem-vindo, é claro, mas não é o foco. Não rejeitamos ninguém, mas desaconselhamos o ingresso quando percebemos que falta disposição”, explica o diretor Ismael Xavier.

 (Vinícius Santa Rosa/Encontro/DA Press)
À época da inauguração, há 14 anos, o Pódion tinha formato de cursinho pré-vestibular. Antes de abrir as portas, Xavier matriculou-se nos principais concorrentes para conhecer erros e acertos de cada um deles. Aplicou o conhecimento e fundou um novo ensino. Em 2010, iniciou o ensino médio, mas não sem antes investigar o sucesso dos primeiros colocados nacionais do Enem. Descobriu uma semelhança entre eles: carga horária muito superior ao exigido pelo Ministério da Educação (33 horas semanais). As instalações do Pódion não são grandiosas como as das outras escolas na mesma faixa de preço, mas atendem às necessidades dos estudantes. “Não somos, nem queremos ser uma escola grande. Nossa meta é ter 14 turmas”, avalia Xavier. Atualmente, são oito salas ocupadas.

O principal motivo da alta carga horária é preparar estudantes para a competição nacional. Pelo menos um terço dos alunos deseja ingressar em universidades competitivas, como o ITA. Apresentamos opções para que esse aluno tenha poder de escolha. Não é certo optar por um curso só porque é o menos concorrido”, afirma o coordenador George Gonçalves.

Bruna de Melo, de 16 anos, quer ser médica e pretende estudar em Minas Gerais ou em Brasília. “A escola é diferenciada, atrai quem realmente está comprometido, não cobra dever de casa. Eu quero poder escolher, por isso invisto na preparação”, afirma Bruna. Pedro Henrique Brandão, de 17 anos, deseja ingressar pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS). Destacou-se nas duas primeiras etapas e segue para a final. “O Enem também é uma ótima oportunidade, vale a pena investir agora para não ter de fazer cursinho e vestibular comum”, diz Pedro.

Com 30 anos de história, o Sigma transita entre o moderno e o tradicional. Os professores cobram tarefa de casa e até postura ao sentar-se à mesa em sala de aula. A inovação fica por conta dos equipamentos tecnológicos. Em lugar de uma pilha de livros pesados, o tablet concentra as informações necessárias. A metodologia de ensino sustenta-se em três pilares especialmente: suporte pedagógico e valorização do conhecimento científico (com pesquisas e elaboração de artigos), qualificação do corpo docente e estrutura física.

Entre os professores do colégio, há aqueles selecionados para corrigir o Enem, vestibulares e concursos. “As redações têm correção orientada, explicada ponto a ponto, porque o mais importante é orientação, é explicar porque está errado. A qualificação do professor faz toda a diferença nesse trabalho”, ressalta o professor de redação Eli Carlos Guimarães.

O Sigma tem aulas extras especiais para alunos de alto rendimento selecionados previamente. O estudante da 3ª série André Seiki, de 17 anos, faz parte do grupo. Antes de concluir o ensino médio, ele já tem noções de cálculo 1, disciplina que verá no curso de engenharia, se for aprovado. “É uma das melhores aulas porque prepara de verdade para a universidade, e não só para o vestibular”, explica André.

 (Vinícius Santa Rosa/Encontro/DA Press)
Pedro Henrique Ferreira, de 16 anos, pretende ser engenheiro elétrico e tem a aprovação no vestibular ou no Enem dada como certa por colegas e professores. “Nós temos acesso a qualquer tipo de material e a base teórica é firme. Temos também orientação psicológica para amenizar a pressão”, relata Pedro. Júlia Maya, de 17 anos, tentará vaga em medicina, um dos cursos mais concorridos em todo o país. Além de estudar, em média, 12 horas diárias, ela se dedica a trabalhos voluntários, como visitas a asilos e creches. “A percepção que temos do outro nos ajuda a enxergar melhor a realidade, também é parte importante da educação”, acredita Júlia.

Nenhuma disciplina é aprendida de forma isolada pelos alunos do Sagrado Coração de Maria. A metodologia de ensino usada no colégio aposta na união de saberes para dar sentido ao que se vê em sala de aula. Para isso, até três professores de matérias diferentes dividem a mesma sala de aula e a atenção dos estudantes. A aula de química é também hora de aprender matemática: descobrir como a regra de três pode ser aplicada nas lições da outra ciência. Uma visita à instituição de caridade transforma-se em chance de aprender estatística, ao se calcular o número de brinquedos e roupas para cada faixa etária e as porcentagens. É possível misturar até filosofia, sociologia e física.

Há produção de texto em todas as disciplinas. “O Enem valoriza o candidato que enxerga o todo, que é capaz de contextualizar informações. Essa forma de ensinar favorece o raciocínio”, explica a coordenadora educacional, Alexandra Romeiro. Estudar em período integral não é obrigatório no Sagrado, ainda assim as aulas oferecidas à tarde e nos fins de semana estão sempre lotadas. “O ideal é ir mesmo sem dúvidas, buscar desafios, procurar matéria extra e resolver provas anteriores. Não falto aos aulões interdisciplinares, porque eles ajudam ainda mais a abrir os nossos horizontes”, afirma Camila Cristina Viana, de 17 anos, aluna da 3ª série.

O colégio tem base católica e ensino religioso na grade curricular, mas aceita e diz não discriminar outras crenças. A formação humana, assim como a excelência acadêmica, é valorizada. “Professores sabem o nome de cada um, não nos tratam como número ou robôs que decoram matemática. Essa relação dá segurança para tirar dúvidas e pedir aconselhamento. Temos liberdade para questionar e sugerir”, avalia Thais Duarte, de 17 anos.

Olimpo


Galois


Pódion


Sigma


Sagrado Coração de Maria

30 de mai. de 2014

O nome do filme é "Brincando com o inimigo"



Muito bacana essa abordagem feita pela Ludmila Rocha - Jornal de Brasília! Parabéns a ela e ao Jornal!






Celular em sala de aula: limite extrapolado? Uso de aparelhos com internet em sala desafia educadores e pais, que nem sempre sabem como proceder
Ludmila Rocha
ludmila.rocha@jornaldebrasilia.com.br


As redes sociais extrapolaram a barreira dos lares e chegaram às salas de aula. Se anos atrás o uso do celular no momento do estudo já era considerado um problema, agora, o equipamento permite o acesso ao Facebook e a aplicativos de mensagens instantâneas, como o  Whatsapp. E a situação  tem dado dor de cabeça aos docentes. Mesmo conscientes da proibição, muitos alunos insistem em usar os aparelhos, o que tem ocasionado graves problemas disciplinares e até de rendimento.  Com tantos recursos, os eletrônicos ganham fácil dos professores quando o assunto é atrair a atenção em sala de aula, tirando o foco do que realmente importa: o aprendizado.
Em uma escola de Águas Claras, um desentendimento envolvendo um grupo de alunos que utilizava o Whatsapp causou transtornos a estudantes, pais e educadores, na semana passada.  De acordo com o pai de uma das alunas,  a filha, de 11 anos, entrou em um grupo virtual de alunos do colégio. Após alguns dias, no entanto, o grupo começou a aumentar, e estudantes de outras faixas etárias foram convidados. Um deles teria chamado a sua filha para sair e, diante de uma negativa da garota, o rapaz resolveu se vingar encaminhando a foto dela a outros jovens, com frases pejorativas.
Direção
Inconformado, um amigo da garota resolveu tirar satisfações com o adolescente e a situação foi parar na direção. Pais    precisaram ser chamados. As provocações cessaram, mas deixaram uma dúvida no ar. Até que ponto o uso das redes sociais na escola é saudável para o desenvolvimento psicológico e intelectual? E, mais do que isso, até onde é responsabilidade da escola?
Luiz Gustavo Mendes, diretor do colégio Marista Champagnat, em Taguatinga Sul, conta como a escola tem lidado com a situação. “Acreditamos que as redes sociais são importantes e devem ser utilizadas como um meio de auxílio a aprendizagem. Usar de maneira banalizada, porém, não é prudente. Temos estudado sobre o assunto e em alguns momentos liberamos a utilização orientada pelo professor. Paralelo a isso temos redes internas, que possibilitam o diálogo entre mestres e alunos”, afirma.
Segundo o educador, de maneira geral, as escolas ainda não estão preparadas para utilizar essas ferramentas em sala. “Muitas vezes até os professores têm dificuldade porque não nasceram no  contexto tecnológico atual e ainda não estão tão adaptados a ele quanto os alunos”.
Reflexo negativo no rendimento
Uma pesquisa da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, em 2013, mostrou que o uso de celulares nas escolas atrapalha, e muito, na assimilação dos conteúdos. Durante a pesquisa, 777 alunos, de seis universidades, foram ouvidos e o resultado é surpreendente.
Segundo o levantamento, publicado no Journal of Media Education, mais de 80% dos entrevistados admitiram usar eletrônicos durante as aulas, o que interferiu negativamente no seu aprendizado a ponto de piorar  as notas.
De acordo com os questionários, apenas 8% não mexiam nos aparelhos em sala. Entre os demais, 35% os usavam de uma a três vezes ao dia; 27%  de quatro a dez vezes; 16%  de 11 a 30 vezes; e 15% mais de 30 vezes durante as lições.  Em relação ao objetivo da utilização, 86% disseram que conversavam por texto, 68% checavam e-mails,  67% olhavam as horas, 66% visitavam as redes sociais; 38% navegavam na internet e 8% jogavam algum tipo de game durante as aulas.
Mais de 25% dos alunos admitiram já ter perdido pontos na nota por causa do uso de aparelhos em sala. Ainda assim, a grande maioria minimiza o problema. Para 95%, o hábito de utilizar eletrônicos na aula não é um problema grave. E mais de 90% são contra alguma regra que condene celulares e afins nas escolas.
Proibição
No Brasil não é diferente. Aqui, como no exterior, o problema começa  no Ensino Fundamental,  a partir dos 6º e 7º anos.  No Centro de Ensino 2 de Taguatinga,  conhecido como Centrão,   o uso do celular em sala   é proibido. Há avisos nas paredes  fazendo menção à Lei Distrital 4.131/08, que determina a proibição “do manuseio e utilização do aparelho celular dentro da sala de aula, bem como mp3 ou qualquer outro aparelho eletrônico”.
Wellington Rodrigues,   17 anos, cursa o 7º ano  e admite que o celular em sala provoca distração. “Na sala de aula não é legal, mas acho que poderia ser um pouco mais flexível. Também não podemos dar nem uma olhadinha”, conta.
Sua colega, Leidyane Silva,   15, do 6º ano, acha que tudo é uma questão de bom senso. “Poderia ser mais flexível, desde que os alunos soubessem utilizar. Nunca tive problemas com isso porque não fico com o celular na mão toda hora”, garante.
Nem dentro nem fora da sala
 
Para evitar maiores transtornos, muitos colégios particulares também resolveram proibir o uso dos aparelhos celulares durante as aulas. É o caso do colégio Olimpo, em Águas Claras. Ali, os alunos não podem usar os celulares nem nas dependências da escola. Segundo o diretor do centro de ensino, Ney Marcondis, essa é a filosofia do grupo desde a sua criação, em 2008.
 
“O celular em sala tira o foco do que está sendo ensinado. Fornecemos todo o material necessário impresso, justamente para que os alunos não precisem fazer pesquisas na internet. Além disso, caso o acesso ao conteúdo on-line seja indispensável, temos um laboratório de informática”, diz.
 
Quando um estudante é pego utilizando o celular, ele é imediatamente encaminhado à coordenação. “Em um primeiro momento eles não gostam. Mas depois acabam admitindo que os eletrônicos tiram a atenção e atrapalham o rendimento”, comenta. 
 
Wi-fi no pátio

Segundo o vice-diretor do  Centro de Ensino 2 de Taguatinga, Murilo Marconi (foto), como a escola  oferece o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), o sinal wi-fi é livre no pátio. “No EJA, os alunos não têm aula em tempo integral. Muitas vezes eles  ficam com horários vagos, por isso disponibilizamos o acesso à internet. Para que não haja conflito de interesses, nos preocupamos em separar até os laboratórios de informática. Existe um especificamente para  pesquisas e outro onde as redes sociais são liberadas”. Assim,  o aluno que insistir em usar o celular dentro da sala de aula  é encaminhado à direção.
 
Aluno responde
 
Cairo Lucas, de 15 anos, é aluno do 2º ano do Ensino Médio  e concorda com o diretor. “Na sala de aula não é ideal. Já estudei em colégios que permitiam o uso regrado do celular e realmente gerou um descontrole do professor perante os alunos. Aqui no Olimpo só podemos usar o celular no intervalo e o pessoal já se adequou. Também há muita fiscalização por parte dos funcionários da escola, eles não permitem que saiamos da linha. Mas fora da sala não vejo problemas. Na nossa turma temos um grupo de estudo, onde trocamos informações e tiramos dúvidas, que funciona muito bem”, conta. 
 
Tablets
 
No Centro Educacional Sigma, em Águas Claras, o uso de aparelhos eletrônicos em sala também é  terminantemente proibido. O colégio utiliza livros digitais, disponibilizados em tablets, tornando eventuais acessos à internet para pesquisas desnecessários. 
 
Caso o aluno seja pego utilizando o aparelho, ele é encaminhado à coordenação. Se, por motivos de força maior, o estudante precisar usar o telefone, para contato   com pais ou responsáveis, ele é convidado a fazer a ligação na direção, com o aparelho da escola. 
 
Unesco incentiva
 
A Unesco faz dez recomendações para a implementação adequada dos recursos na escola: criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel; conscientizar sobre sua importância; expandir e melhorar opções de conexão; ter acesso igualitário; garantir equidade de gênero; criar e otimizar conteúdo educacional; treinar professores;  capacitá-los usando tecnologias móveis; promover o uso seguro e saudável; e usá-las para  a comunicação e a gestão escolar.
 
Saiba mais
 
E é bom as escolas se prepararem, pois o número de aparelhos celulares no DF continua aumentando. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até abril, a capital tinha 4,7 milhões  linhas pré-pagas e outras 1,4 milhão  pós-pagas. No mesmo período do ano passado, havia exatamente 254.740 mil aparelhos a menos no DF. 
Vale lembrar que basta ter uma linha, seja ela pré ou pós-paga, para comprar um pacote de internet junto à operadora. Isso sem contar   os jogos, aplicativos de música, edição de fotos e vídeos, que já vêm no celular.
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

19 de mai. de 2014

NÍVEL DO RESERVATÓRIO DE CANTAREIRA

Comitê divulga nível do Cantareira 15,6% menor que o da Sabesp


Segundo concessionária, índice nesta segunda-feira está em 26,3% com o "volume morto", mas, para grupo técnico que monitora estiagem, o nível é de 22,2% da capacidade


19 de maio de 2014
Fabio Leite - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O comitê anticrise que monitora a seca do Sistema Cantareira divulgou nesta segunda-feira, 19, que o nível de armazenamento de água do principal manancial paulista é 15,6% menor do que o informado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Segundo o grupo técnico liderado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), o Cantareira está com 22,2% da capacidade, com o acréscimo de 182,5 bilhões de litros do chamado "volume morto", que começou a ser captado na última quinta-feira. Para a Sabesp, contudo, o índice é de 26,3%.
A distorção dos números ocorre porque a Sabesp não considerou em seus cálculos que o acréscimo do "volume morto" também elevou a capacidade total do sistema de 981,56 bilhões de litros para 1,164 trilhão de litros. Desta forma, para a concessionária, o nível atual de 257,93 bilhões de litros representa 26,3% da capacidade anterior do sistema: 981,56 bilhões de litros.
Para o comitê anticrise, contudo, o índice atual corresponde a 22,2% da nova capacidade do sistema: 1,164 trilhão de litros. Segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira pelo grupo, a vazão afluente aos principais reservatórios do Cantareira está em 13,03 mil litros por segundo, o que equivale a 38% da média histórica do mês.
Ao custo de R$ 80 milhões, a captação inédita do "volume morto" teve início na última quinta-feira pela Sabesp nas represas Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, com a retirada de 105 bilhões de litros. Naquele dia, o sistema estava com apenas 8,2% da capacidade, índice mais baixo de sua história. No próximo mês, a companhia deve concluir as obras para captar a reserva profunda da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista.
Segundo informações fornecidas pela Sabesp ao comitê anticrise, o uso do "volume morto" seria suficiente para abastecer a Grande São Paulo até o fim de novembro. Há duas semanas, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, garantiu o abastecimento de água na região sem adoção de racionamento generalizado até março de 2015. Na última semana, contudo, um diretor da Sabesp informou que a reserva profunda deve durar até outubro.
O Estado questionou a Sabesp sobre a diferença dos dados de medição do nível do Cantareira, mas ainda não obteve resposta. O índice medido pela companhia tem sido divulgado pela assessoria de imprensa da companhia porque o site onde a concessionária faz a atualização diária do nível dos mananciais que abastecem a Grande São Paulo está fora do ar.

MUITO BOM!

 Leia o texto sobre comunicação digital pelo link http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2014/05/1455345-txt-nao-e-texto.shtml

COPA DO MUNDO: O QUE "PODE" ACONTECER COM NOSSOS ESTÁDIOS

Em ruínas, estádio que recebeu o Brasil na Copa de 94 será leiloado

Grupo de investimentos busca compradores para artigos que restaram do Pontiac Silverdome e, caso não receba ofertas, diz que arena de Detroit "pode ir para o lixo"

Por Detroit, Estados Unidos



246 comentários
Estádio que já recebeu Copa do Mundo, Super Bowl, All-Star Game da NBA e shows de lendas como Elvis Presley, Led Zeppelin e Rolling Stones, o Pontiac Silverdome, em Detroit, já foi um dos mais modernos do mundo, mas atualmente se encontra em estado de abandono extremo e será leiloado. A venda de artigos que restaram da arena de 80 mil lugares, sede do empate entre Brasil e Suécia no Mundial de 1994, iniciará nesta quarta-feira.
- Todo item começa sendo vendido por US$ 5 (R$ 11). Se não conseguirmos esse valor, ele vai para o lixo – disse Jim Passeno, responsável pelo leilão online que vai até o dia 29 de maio.
estádio Pontiac Silverdome abandonado (Foto: AP)Estádio Pontiac Silverdome ficou em ruínas, sobretudo após cobertura ser desinflada no ano passado (Foto: AP)




 O estado de abandono é completamente visível no interior do estádio. No gramado já nascem plantas, o telhado começou a ceder, falta energia elétrica... O estádio construído em 1975 para ser a casa do Detroit Lions foi deixado de lado pela equipe da NFL em 2001.
Desde então, foi usado em eventos de menor importância até ser vendido a um grupo de investimentos em 2009 por meio milhão de dólares. Diante dos inúmeros prejuízos com a arena, os empresários interromperam com o funcionamento do estádio e, para diminuir os gastos, decidiram no ano passado que a cobertura fosse desinflada.
O resultado do abandono pode ser visto claramente nas imagens atuais do estádio, casa de quatro jogos da Copa do Mundo de 94 – todos pela primeira fase: Estados Unidos 1 x 1 Suíça, Romênia 1 x 4 Suíça, Suécia 3 x 1 Rússia, além do já citado Brasil 1 x 1 Suécia.
estádio Pontiac Silverdome abandonado (Foto: AP)Pontiac Silverdome foi a casa do Detroit Lions, da NFL, até 2001 (Foto: AP)


estádio Pontiac Silverdome abandonado (Foto: AP)Plantas nascem no gramado do estádio abandonado (Foto: AP)
estádio Pontiac Silverdome abandonado (Foto: AP)Pontiac Silverdome foi abandonado nos últimos anos (Foto: AP)

NIGÉRIA: ENTENDENDO UM POUCO MAIS

Meninas são alvo de grupos e governos que veem na educação arma contra radicalismo

  • Das 275 jovens sequestradas há mais de um mês por extremistas, 236 continuam desaparecidas
Deborah Berlinck, Correspondente na Europa
Publicado em O Globo
‘Tragam de volta nossas meninas’. Aluna de uma escola em Durban, na África do Sul, escreve no quadro-negro a mensagem que roda o mundo, pedindo o retorno das jovens estudantes nigerianas sequestradas pelo Boko Haram Foto: AFP/15-04-2014
‘Tragam de volta nossas meninas’. Aluna de uma escola em Durban, na África do Sul, escreve no quadro-negro a mensagem que roda o mundo, pedindo o retorno das jovens estudantes nigerianas sequestradas pelo Boko Haram AFP/15-04-2014


          GENEBRA - No país hoje apontado como o grande sucesso econômico da África, a Nigéria, 236 das 275 meninas sequestradas há mais de um mês por extremistas continuam desaparecidas. O motivo da violência: querem estudar. Caíram nas mãos do Boko Haram, grupo de fanáticos islâmicos que atua na região norte, a mais pobre do país. Na língua local, Boko Haram quer dizer “educação ocidental proibida”. Os militantes, armados, decididos a impor o Islã radical na Nigéria, explodiram 50 escolas só nos primeiros sete meses de 2013, segundo a Anistia Internacional. E assassinaram mais de 1.700 alunos e professores nos últimos anos, inclusive dentro da sala de aula. Longe dali, no Paquistão, em 2012, Malala Yousafzai, aos 15 anos de idade, levou um tiro na cabeça quando estava no ônibus da escola. O motivo, o mesmo: querer estudar.
          Estes grupos sabem que educação dá poder às meninas. Jovens educadas iluminam comunidades, a nação. É disso que têm medo - ressalta Changu Mannathoko, consultora em Políticas de Educação do Unicef, a agência da ONU dedicada às crianças, em Nova York.
          As meninas da Nigéria e Malala são casos extremos que chegaram ao noticiário internacional. Não são, nem de longe, os únicos. Um estudo do Unicef, “Educação sob ataque”, revela uma impressionante sequência de eventos em que alunos e professores, em escolas e universidades de pelo menos 70 países, sofreram violência ou foram mortos por todo tipo de grupo: de fanáticos religiosos a militares, forças de segurança ou gangsteres. Os motivos são políticos, ideológicos, religiosos, sectarismo e perseguição étnica. O Brasil consta da lista com casos esporádicos. Segundo a pesquisa, a violência é recorrente em 30 países. A Colômbia é o pior caso na América Latina, com 140 professores mortos entre 2009 e 2012, e crianças recrutadas por grupos armados.

Talibã explode escolas

          A Unesco, agência da ONU para educação, ciência e cultura, estima que das 57 milhões de crianças no mundo que estão fora das salas de aula, 57% são meninas. No Paquistão, 838 colégios foram atacados entre 2009 e 2012. “Nas áreas de atuação dos talibãs, centenas de escolas foram explodidas, e os que defendem a educação feminina foram mortos”, informa o Unicef. Em alguns países, o acesso à educação é dificultado pelo próprio Estado. É o caso do Irã, onde, desde 2012, mulheres estão proibidas de estudar em 36 universidades públicas, em 77 campos de atuação, como engenharia e administração de empresas.
          A executiva-chefe do Fundo de Desenvolvimento da Mulher Africana, Theo Sowa, nascida em Gana, diz que já arrecadou US$ 17 milhões (R$ 38 milhões) para ajudar 800 associações em 42 países da África. Para ela, as barreiras à ascensão feminina vão além da África, ou do extremismo.
- Olhe para o mundo e verá discriminação. Há sequestros na América do Norte e tráfico de meninas, para exploração sexual, na Europa, e com o continente americano. Mulheres são vistas como “commodity”, propriedade - analisa Sowa.
          A iraniana Nadereh Chamlou, ex-consultora do Banco Mundial para Oriente Médio e África, hoje ativa em organizações no mundo árabe, diz que meninas educadas são uma ameaça por terem uma visão mais moderada, e rejeitarem radicais. Não por acaso, segundo Chamlou, mulheres no Irã votaram em massa no atual presidente, o reformista Hassan Rouhani.
          O mesmo acontece no Afeganistão: o voto feminino elegendo políticos moderados. É por isso que extremistas têm medo de mulheres e meninas educadas, porque trazem moderação - enfatiza Chamlou.

Crise diminuiu recursos para ensino

          Governos combatem radicais com meios militares. O Orçamento dos EUA para 2015 prevê US$ 1,3 bilhão em segurança e contraterrorismo, sem incluir os gastos no Oriente Médio, Leste da Ásia, Pacífico, Afeganistão e Paquistão, que terão orçamento específico. Já educação entra num pacote de US$ 1,1 bilhão para o mundo todo, que inclui “diplomacia pública e acordos culturais”.
          Mas as especialistas Changu, Sowa e Chamlou afirmam em uníssono: educação é a arma que extremistas mais temem. Só que, com a crise mundial, os recursos para o ensino foram os mais enxugados: 14% entre 2009 e 2011. Segundo a Unesco, a União Europeia (UE) reduziu em um terço a ajuda internacional, entre 2010 e 2011, e os EUA deixaram de ser o maior doador. A promessa de pôr todas as crianças do planeta na escola até 2015 - estabelecido num pacto na ONU conhecido como Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, firmado por 191 países em 2000 - virou letra morta no papel.
          O terror, em alguns casos, tem efeito contrário, ao reforçar a militância em prol da educação. Hoje, aos 17 anos, Malala, a paquistanesa que levou um tiro na cabeça, virou símbolo mundial. Após cinco operações para reconstituir o crânio, mais viva do que nunca, Malala vive no Reino Unido, e percorre o mundo militando pela causa.
          Os terroristas pensaram que mudariam meus objetivos e acabariam com minhas ambições. Mas nada mudou na minha vida, à exceção disto: minha fraqueza, meu medo e minha desesperança morreram - disse Malala, na ONU, em Nova York, em 2013.

NÓS TAMBÉM JÁ COMEÇAMOS! OU NÃO...?

Enem: a preparação para o exame já começou Prova pode decidir o futuro de milhões de estudantes. Inscrições terminam nesta sexta-feira
Carla Rodrigues
carla.rodrigues@jornaldebrasilia.com.br


Aproximadamente oito milhões de estudantes de todo o País devem fazer o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) deste ano. As inscrições podem ser feitas até as 23h59 da próxima sexta-feira e já ultrapassam a marca de um milhão. Segundo o Ministério da Educação, serão impressos 18,3 milhões de testes, em 1.699 municípios. As provas ocorrerão em dois dias: 8 e 9 de novembro. Aqui no Distrito Federal, alunos e professores do ensino médio afirmam que o exame é difícil e deve aumentar a competitividade entre candidatos, já que  garante vagas no Ensino Superior.
“Vejo o Enem como a minha porta de entrada para a Universidade de Brasília e isso, claro, aumenta a pressão na hora de estudar. A prova é muito inteligente e exige vária habilidades, então, agora, é o momento de dar atenção total ao Enem”, diz Luíza Brito, 17 anos,  aluna do 3° ano do Ensino Médio do colégio Marista.
Para ela, o mais difícil é que a prova reúne todo o conteúdo do Ensino Médio. “Em dois dias, eles pegam três anos de preparação. É muita coisa ”, aponta.
Maratona
 Os dois dias de provas são encarados como uma verdadeira maratona. “É uma prova cansativa. São mais de quatro horas e isso exige muita disposição da gente. Principalmente porque a redação é só no segundo dia”, salienta Ana Luísa Pires, 17, também aluna do 3° do Ensino Médio.
 Para o colega da jovem, João Pedro Queiroga, 17, o novo modelo da prova, instaurado em 2009, trouxe   novos horizontes a serem explorados. “A escola é um lugar conteudista por natureza. Mas, a partir do momento em que o Enem trata de competências e habilidades, ele abre espaço no ensino brasileiro para a análise dos fatos. Isso é muito mais do que simplesmente decorar, o que acontece muito no vestibular tradicional da UnB”, afirma.
Bem diferente do vestibular
 
 Para o estudante João Pedro Queiroga, 17 anos,  o Enem poderia ser ainda mais completo se focasse em conteúdos regionais, como  autores de Brasília. “Por ser nacional, ele não permite que o aluno mostre esse conhecimento regional. Para mim, isso pode fazer falta. Por outro lado, a UnB vai poder fazer mais isso. Mas, de fato, é uma prova muito importante e exige mais dos alunos. Inclusive,   ajuda a definir, de uma forma ampla, o que o aluno do Ensino Médio deve aprender”, ressalta. 
 
 A UnB reservou 50% das vagas de 2014 para aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) com base na nota do Enem de 2013. A outra metade foi destinada aos aprovados no Programa de Avaliação Seriada (PAS). O vestibular tradicional será usado para estudantes que se candidatarem às vagas no segundo semestre letivo. Por isso, afirmam alunos do Ensino Médio, a prova tem, agora, uma importância muito maior do que nos anos anteriores a 2013. 
 “Para mim, é a única oportunidade de ingressar no ensino superior agora. Por condições financeiras, principalmente. Por isso, neste semestre a minha prioridade é  o Enem. É um teste cansativo, uma prova extensa e a gente tem que se preparar para isso, para não sermos vencidos pelo cansaço”, salienta Thiago Ruas, 18 anos, aluno do 3° ano do Ensino Médio na escola pública Elefante Branco. Como não tem facilidade em ciências exatas,  ele concentra os estudos nas disciplinas de matemática, física e química.
rotina
 Com medo de perder o ritmo, o candidato imprimiu uma rotina diária pesada de estudos até o primeiro dia de prova. “São seis horas por dia, divididas em dois turnos, manhã e noite. Nos sábados, me concentro das 8h até o meio-dia, sem interrupções. Agora vai ser assim. Eu quero muito tirar uma boa nota e sei que não é fácil. Então, existe  uma pressão tão grande quanto a do vestibular tradicional. Não vejo nem diferença”, diz.
 
É preciso controlar o estresse
 
A jovem Renata Moreira, 17 anos, também aluna do Ensino Médio no Elefante Branco, conta que faz cursinho para a prova, fora as aulas normais no colégio. “É uma rotina bem estressante. A gente se divide para dar conta de tudo. E eu acredito que fazendo isso aumentam minhas chances de tirar uma boa nota e seguir meu sonho, que é cursar ciências políticas na UnB”, diz. 
 
Contudo, assim como o colega Thiago, ela reconhece seu fraco nas matérias de exatas. “Aí, agora, meu foco são essas disciplinas, porque é onde eu me vejo mais insegura”. 
 
Recomendações

 Para o coordenador pedagógico do colégio Marista, Eduardo Guerra, os candidatos devem ter cuidado com o cansaço e o nervosismo na hora da prova. “Esses dois quesitos são cruciais para a aprovação  do aluno”, aconselha. Segundo o docente, o Enem oferece perspectivas para outras oportunidades, além do vestibular, como, por exemplo, o programa Ciência sem Fronteiras, iniciativa que fornece bolsas de intercâmbio a estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação com bom desempenho acadêmico em instituições de ensino superior do exterior. 
 
 O vice-diretor do colégio Elefante Branco, Marcos Vinicius de Oliveira, diz que percebe uma participação muito maior dos alunos da rede pública nas provas do Enem nos últimos anos. “Antes do Enem, esses estudantes desistiam da tentar a UnB porque não viam a possibilidade de passar no vestibular. Hoje, eles saíram da posição de derrotados e enxergam no Exame Nacional a grande oportunidade de ingressar no ensino superior”, aponta. 
 
Saiba mais
 
Candidatos travestis ou transexuais poderão usar o nome social para fazer o Enem. É preciso fazer uma solicitação por telefone ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep): 0800-616161.
 
A novidade foi publicada  no site   do Enem (enem.inep.gov. br), que traz um  passo a passo  para a inscrição no teste. 
As provas estão marcadas para 8 e 9 de novembro (das 13h às 17h30, horário de Brasília). No primeiro dia, ciências humanas e ciências da natureza. Em 9 de novembro, será a vez das provas de linguagens e códigos, matemática e redação.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

18 de mai. de 2014

NOVA POSTURA DO BLOG "ALÉM DO PORTUGUÊS"












A partir desta semana, começarei a postar um ou outro texto que se relaciona a uma possível temática futura no PAS, no ENEM ou mesmo em vestibulares e concursos em geral. O objetivo do blog será meramente pedagógico. Por isso dois princípios serão respeitados: 1º) a fonte da matéria será sempre divulgada no alto do texto; 2º: não me posicionarei a respeito - e possivelmente eu coloque textos que apresentem pontos de vista divergentes.

Essa iniciativa tomou vida a partir da necessidade de centralizarmos, em um só lugar, textos com temática atual. Para isso serão aqui postados textos de alguns dos principais jornais do Brasil e do mundo.

Apesar de estar por demais ocupado, não posso ignorar o grito de socorro que ecoou das redações de meus alunos. Portanto, sempre que encontrar um texto interessante, e puder postar, eu o farei.

Abraço a todos! 


28 de fev. de 2012

TIRA-TEIMA DA MUÇARELA



Pronto. Como o Fantástico mostrou, agora espero que acreditem finalmente em mim. Valem, antes, três considerações importantes:

1ª) Seria legal se tivessem esclarecido que o VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) tem autoridade maior do que os dicionários, embora estes sejam valiosíssimos.

2ª) Igualmente seria interessante esclarecer que também valem as formas muzarela/mozarela (esta última até aparece como significado, no dicionário consultado).

3ª) Desculpem a contradição do Bechara: na "norma padrão", a forma consagrada e os dicionários nem sempre andam juntos, como nesse caso...

Abração.

10 de fev. de 2012

VOLP - QUE BICHO É ESSE?

Para mais de 95% da população brasileira, esse termo é totalmente desconhecido. Meu desejo é que você se torne um dos que figuram nos menos de 5% conhecedores ou aumente essa margem. 

VOLP é a sigla formada pelas iniciais de Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Para se ter uma ideia melhor a respeito, basta lembrarmos que toda e qualquer discussão sobre a escrita correta de uma palavra geralmente acaba com uma consulta ao dicionário. O dicionário é visto pela maior parte dos brasileiros como a grande autoridade da ortografia. Engano geral. Na verdade, o VOLP é a grande autoridade no concernente à grafia das palavras. Sim, os dicionários estão (ou devem estar) sujeitos ao VOLP.

E o que tem no VOLP? Apenas palavras. Todas as palavras reconhecidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL) como pertencentes à Língua Portuguesa no Brasil estão lá. E tem o significado das palavras? Em geral não. Apenas aquelas que podem gerar dúvida em relação a outras. 

É interessante perceber que existem as formas variantes muçarela, muzarela e até mozarela, mas a forma mais escrita no Brasil - mussarela - está incorreta. Ou ainda você perceber deslizes da ABL, como catalogar pizzaria, mas se esquecer de pizza.

Para quem não tem o VOLP impresso há solução: pode consultá-lo no site da Academia Brasileira de Letras. Experimente agora mesmo. Basta clicar no seguinte link http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23.

Abraço.


16 de dez. de 2011

BÁSICO DA REFORMA ORTOGRÁFICA

Para baixar um guia simplificado da Reforma Ortográfica, clique na imagem abaixo. Ela te enviará para uma página do Shared, possibilitando assim que você faça o download.

15 de dez. de 2011

Eu conheço esse povo aí!!!

Alguém por favor arruma uns microfones para essas pessoinhas aí... No mais, eles são feras!

22 de nov. de 2011

DE VEZ EM QUANDO ENFRENTE O LOBO!!!

O lobo do vídeo representa todas as situações adversas que nos fazem desistir de algo. Sempre que possível devemos enfretá-lo, para não abrirmos mão das boas coisas que almejamos. "É melhor a lágrima da derrota do que a tristeza de não ter lutado!" - Lembra? Que você seja vitorioso ao superar muitos obstáculos, e, igualmente, que a experiência das derrotas te leve a algo melhor do que você buscava antes!


Um abraço!!!

3 de out. de 2011

APRENDA DORMINDO OU APRENDA A DORMIR

Soneca após almoço faz bem para a memória


Agência Estado

 

Jovens que dormem à tarde, após o almoço, veem seu desempenho escolar melhorar em 10%. A conclusão é de um estudo da Universidade de Berkeley, na Califórnia. Os cientistas comprovaram que uma soneca de 15 a 30 minutos após o almoço pode aumentar o aprendizado e a memorização. Segundo os especialistas, o cochilo neste horário é uma necessidade fisiológica devido ao processo de digestão. Nesta hora, o sangue se torna menos ácido, o que dá uma sensação de sonolência. Outro fator que provoca sono após às refeições é a diminuição corporal que ocorre nessa faixa do dia, levando o corpo a entrar no ritmo do sono. Os médicos não aconselham que se durma entre duas ou três horas após o almoço. Segundo eles, a soneca não deve ultrapassar os 30 minutos. Mais do que esse tempo, pode ocorrer insônia.

 

Por Carolina Abranches

 


OBS.: A manchete não frisou dois detalhes "quase insignificantes":

1º) Para quem já tem tirado uma sonequinha e não teve um bom rendimento é indicado experimentar um pouco de estudo também...

2º) Não adianta dormir no horário de aula! "Tô falando, tá teimando!" rsrs

FANTÁSTICO!!!


Nesse curta-metragem, o protagonista não diz uma palavra sequer. Fora do sério!

REFORMA ORTOGRÁFICA E A CONFUSÃO GERAL


Toda vez que ocorre uma reforma ortográfica, surge cada confusão... Por isso, na próxima semana postarei sobre a última Reforma Ortográfica.

Qualquer material com a antiga ortografia ou com as antigas regras ortográficas deve ser alterado. Nesses tempos de internet, isso raramente ocorre em tempo hábil. Por isso, a necessidade urgente de postar aqui. Afinal de contas, a ideia deste blog não é postar o que já tem de "montão" na web, no que diz respeito à gramática. Pelo contrário, postar o que raramente se encontra, o que não se encontra ou da maneira como não se encontra... Senão, será tempo perdido.

Como até lá o negócio é aguardar, deixei o link de um jogo interessante para você ir treinando. Deixei também o link de um Guia Ortográfico. Fique à vontade. 

27 de set. de 2011

VALE A PENA ASSISTIR:

Não assista a este vídeo, se não puder acompanhá-lo até  o fim ou com atenção...

22 de set. de 2011

FORMAS VARIANTES


O que são formas variantes? São as formas diferentes como uma palavra pode ser corretamente escrita. É como foi dito na postagem sobre o VOLP, onde muçarela, muzarela e mozarela estão corretas. Vale lembrar que algumas palavras deixaram de ser formas variantes, de acordo com o novo Acordo Ortográfico... É o caso das palavras sanguíneo e sangüíneo. Esta última deixou de existir com a "queda" do trema da língua portuguesa (vale ressaltar, por exemplo, que palavras alemãs e suas derivadas que contêm trema permanecem com os mesmos: Müller, mülleriano, Bündchen...)

Na possibilidade de escrever a mesma palavra com grafias diferentes alguns hesitam. Na dúvida de qual forma usar, a preferência deve ser dada à forma mais conhecida pelas pessoas em geral - a menos que você queira esnobar ou chamar a atenção para seus conhecimentos linguísticos. Nestes casos, tenha cuidado para não ser pedante, arrogante, soberbo... O domínio da língua é poder, que não deve ser confundido com antipatia.

Veja uma boa relação de formas variantes. Detalhe importante: é sempre bom conferir com o VOLP, embora a Academia Brasileira de Letras não tenha lançado, por exemplo, a consagrada Oceânia como forma variante de Oceania (continente)...


Abdômen, Abdome
Acessório, accessório
Açoite, açoito, açoute
Acotovelar, cotovelar
Acrobata, acróbata
Acumular, cumular
Afeminado, efeminado
Afoito, afouto
Alarma, alarme
Alopata, alópata
Alpargata, alpagata, alparcata, alpacata, alpergata, alpercata (esta é o que chamávamos de “precata” antigamente... rsrs)
Aluguel, aluguer
Amídala, amígdala
Anidrido, anídrido
Apalpar, palpar
Apêndice, apêndix
Arrebentar, rebentar
Arrebitar, rebitar
Arregaçar, regaçar
Arremedar, remedar
Artefato, artefacto
Aspecto, aspeto
Assoalho, soalho
Assobiar, assoviar
Assoprar, soprar
Azaleia, azálea
Bagunçar, baguncear
Barganhar, berganhar
Bêbado, bêbedo
Berruga, verruga
Bilhão, bilião
Bílis, bile
Biscoito, biscouto
Bravo, brabo
Caatinga, catinga
Cãibra, câimbra
Caíque, caíco
Cálice, cálix
Calouro, caloiro
Caminhão, camião
Caminhonete, camionete
Caráter, caracter
Carnegão, carnagão, carnicão
Carroceria, carroçaria
Catorze, quatorze
Cético, céptico
Champanhe, champanha
Chipanzé, chimpanzé
Circunspecto, circunspeto
Clina, crina
Cobarde, covarde
Cociente, quociente
Coisa, cousa 
Conectivo, conetivo
Contato, contacto
Corrupção, corrução
Corruptela, corrutela
Cota, quota
Cotidiano, quotidiano
Cotizar, quotizar
Cuspe, cuspo
Cutucar, catucar
Datilografia, dactilografia
Debulhar, desbulhar
Degelar, desgelar
Demonstrar, demostrar
Dependurar, pendurar
Derrubar, derribar
Desenxavido, desenxabido
Dezenove, dezanove
Dezesseis, dezasseis
Dezessete, dezassete
Dois, dous
Dourado, doirado
Eletrodo, elétrodo
Elucubração, lucubração
Empanturrar, empaturrar
Enfarte, infarto
Engambelar, engabelar
Entonação, entoação
Entretimento, entretenimento
Enumerar, numerar
Espuma, escuma
Estalar, estralar
Exorcizar, exorcismar
Fação, facção
Flauta, frauta
Flecha, frecha
Fleuma, flegma, fleugma
Floco(s), froco(s)
Garapa, guarapa
Geringonça, gerigonça
Germe, gérmen
Gorila, Gorilha
gueixa, guexa
Hem?, hein?
Hemorroidas, hemorroides
Hidrelétrico, hidroelétrico
Hieróglifo, hieroglifo
Homogeneizar, homogenizar
Húmus, humo
Homilia, homília
Impingem, impigem
Imundície, imundícia, imundice
Interseção, intersecção
Intrincado, intricado
Jato, jacto
Laje, lajem
Lambuzar, enlambuzar
Lantejoula, lentejoula
Leste, este
Lide, lida
Limpar, alimpar
Lisonjear, lisonjar
Lótus, loto
Louça, loiça
Louro, loiro
Macaxeira, macaxera
Maçom, mação
Maltrapilho, maltrapido
Mameluco, mamaluco
Maquiagem, maquilagem
Marimbondo, maribondo
Melancólico ou merencório
Menosprezo, menospreço
Mobiliar, mobilhar, mobilar
Muçarela, muzarela, mozarela
Neblina, nebrina
Nefelibata, nefelíbata
Neném, nenê, nené
Nômade, nômada
Olimpíada, olimpíade
Ortoépia, ortoepia
Otimismo, optimismo
Ouro, oiro
Parênteses, parêntesis
Percentagem, porcentagem
Peroba, perova
Piaçava, piaçaba
Pitoresco, pinturesco
Prancha, plancha
Presépio, presepe
Projetil, projétil
Quadriênio, quatriênio
Rádio, radium
Radioatividade, radiatividade
Rastro, rasto
Registrar, registar
Registro, registo
Relampadar, relampadear, relampadejar, relampaguear, relampaguejar, relampar, relampear, relampejar, relamprar
Remoinho, redemoinho
Réptil, reptil
Ridicularizar, ridiculizar
Salobro, salobre
Seção, secção
Selvageria, selvajaria
Sinóptico, sinótico
Sobressalente, sobresselente
Sóror, soror
Súdito, súbdito
Suntuoso, sumptuoso
Surrupiar, surripiar
Susceptível, suscetível
Sutil, subtil
Taberna, taverna
Tato, tacto
Televisar, televisionar
Terraplanagem, terraplenagem
Tesoura ou tesoira
Tesouro, tesoiro
Teto, tecto
Toicinho, toucinho
Tramela, taramela
Transvestir, travestir
Treinar, trenar
Tríade, tríada
Trilhão, trilião
Várzea, várgea, vargem, varge
Vasculhar, basculhar
Voleibol, volibol
Xerox, xérox
Zangão, zângão